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Criada no início dos anos 90 na cidade de Curitiba, a Marrari surgiu do sonho de três engenheiros: Celso Martini, Paulo Cézar Martini e Antônio Sérgio Beraldo. Para eles, montar uma empresa significava muito mais do que deixar de ser funcionário e passar a ser proprietário. Inovar era parte do sonho.

 

Confirmada para participar da 5ª edição da Lignum Latin America, a empresa estará comemorando 35 anos de atividades durante o evento. “Participamos da Lignum desde a primeira edição, em 2016. E como em todos os anos, estaremos trazendo versões aprimoradas de nossos sistemas e tecnologias para que o público possa ver, e o mais importante: testar diretamente na feira. Além de tudo isso também esperamos um grande público, devido ao novo local, e iremos comemorar nossos 35 anos na feira, celebrando com todos que passarem por nosso estande”, conta o assessor de marketing da Marrari, Johann Knorst.

 

“Nós desenvolvemos nacionalmente sistemas de nível global para a medição de umidade em tempo real, automação de caldeiras e estufas de secagem, controles de produção, medidores de vazão de materiais e supervisórios SCADA de última geração”, conclui ele.

 

Com incremento de vendas ao exterior superior a 30% em janeiro de 2024 em relação a igual período do ano passado, os setores de motores elétricos e madeireiro – que inclui móveis, obras de carpintaria e madeira serrada – foram os principais destaques positivos da balança comercial catarinense no primeiro mês do ano.

 

“Esses segmentos tradicionalmente são representativos na pauta de exportações de Santa Catarina e a recuperação gradual das vendas ao exterior nos anima, porque podem acabar refletindo na manutenção e geração de empregos”, destacou o presidente em exercício da Federação das Indústrias de SC (FIESC), Gilberto Seleme.

 

Foram vendidos ao mercado externo US$ 40,3 milhões em motores elétricos em janeiro, enquanto as exportações de móveis somaram US$ 19,2 milhões, as de madeira serrada US$ 25,8 milhões, e as de obras de carpintaria, US$ 24 milhões.

 

O desempenho é decorrente do aumento nas compras desses produtos pelos EUA e reflete o aumento da demanda de curto prazo com origem nas casas unifamiliares e também o impacto dos incentivos do governo norte-americano a obras, avalia a economista do Observatório FIESC, Mariana Guedes.

 

O mercado norte-americano é o principal comprador dos dois segmentos que mais cresceram – motores elétricos e produtos de madeira – e corresponde a 15,5% do total exportado por SC no primeiro mês do ano.

Rennan Inácio Rita teve as primeiras experiências no setor da construção imobiliária em 2015. De lá para cá conheceu o sistema construtivo com madeira, abriu a própria empresa e está otimista com as possibilidades para o segmento no Brasil.

 

Confira a entrevista:

Como você entrou para o setor de construção com madeira?

Em 2015 participei de um programa com entrega de casas populares. Na época entregamos mais de 200 casas em Santa Catarina e ninguém falava que era “construção modular”, mas na verdade já era. A casa tinha uma estrutura de aço galvalume, feita com paredes autoportantes em aço, com espuma expansiva dentro da parede.

Com o aumento do preço do aço o programa praticamente se tornou inviável pois o custo das casas triplicou em quatro anos. Em uma viagem de trabalho aos Estados Unidos conhecemos o sistema wood frame. Nesta viagem visitamos um condomínio de 400 casas aproximadamente, executadas numa velocidade incrível, com baixíssima geração de resíduos e com um alto padrão de acabamento. Todas feitas com estrutura de madeira.

Após fazer um curso de wood frame em Carazinho, no Rio Grande do Sul, decidi construir minha própria casa. Foi incrível, duas estruturas de 50m² construídas em 40 dias.

A partir daí as oportunidades começaram a surgir, abrimos uma escola voltada à capacitação de mão de obra e começamos a ministrar cursos de wood frame na Região Sul. Aprofundei meus estudos no mercado imobiliário e decidi abrir a primeira incorporadora do Brasil a construir exclusivamente com madeira.

 

Quais os principais projetos desenvolvidos pela sua empresa?

Nosso primeiro projeto foi o mais importante para perceber que estávamos no caminho certo. Projetamos uma casa que foi vendida com menos de 45 dias de execução de obras. Hoje temos um projeto de um condomínio de casas de alto padrão e um prédio de dois pavimentos, com 27 apartamentos, em aprovação e mais um condomínio de 11 casas de alto padrão em Urubici/SC.

Estamos participando da elaboração de um projeto com Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 800 milhões, no litoral norte catarinense. Ele está voltado à construção convencional, mas estamos tentando sensibilizar o investidor a optar por paredes de wood frame.

 

Como avalia a perspectiva para este mercado?

O mercado ainda não acordou para o real potencial da madeira. Já temos diversas iniciativas em prol da construção em madeira, mas ainda prevalece, na grande maioria da população, aquele preconceito, que vêm das nossas histórias de infância, como por exemplo o Lobo Mau soprando a casa de madeira dos Três Porquinhos.

A verdade é que a madeira é sustentável, a construção em madeira é extremamente eficiente, tanto térmica quanto acusticamente, tem uma exatidão orçamentária invejável. Ela possui infinitas possibilidades de acabamento e é mais leve que a alvenaria. A construção é pelo menos 30% mais rápida do que a alvenaria, podendo ultrapassar os 60%, se a obra for bem gerida. Outro ponto positivo é que gera até 80% menos resíduos do que a construção convencional e tem um custo de manutenção 50% menor do que a alvenaria. Com certeza temos uma perspectiva muito otimista para este mercado.

 

Qual são as principais matérias-primas utilizadas pela empresa?

A principal matéria-prima deste mercado é a madeira, onde predomina o pinus e o eucalipto. Deles são feitas tanto a madeira serrada quanto a madeira engenheirada (MLC, CLT, LVL), plywoods, que hoje pode substituir a placa OSB (Oriented Strand Board). Os pregos são anelados e com tratamento organometálico.

 

Em que pontos o segmento ainda precisa avançar?

A começar pela capacitação profissional nas universidades. Em seguida, pensar na capacitação da mão de obra, desenvolver iniciativas em nível municipal, estadual e regional, para entender que a construção com madeira é uma excelente solução para o problema de moradia que o País enfrenta e que enfrentará por um bom tempo.

Penso que ainda falta informação de qualidade para podermos subsidiar a escolha de qualquer cidadão sobre qual material escolher para a construção de sua casa. Precisamos entender que a época do Brasil extrativista foi há 500 anos, onde permitimos a extração de praticamente 100% do pau-brasil de nosso país. Hoje, já percebemos que o aquecimento global é realidade, as geleiras estão derretendo cada vez mais rápido, chuvas se tornando cada vez mais torrenciais, inundações cada vez mais frequentes e indústria da construção civil é responsável por quase 40% de emissão dos gases do efeito estuda. Não há nada mais barato do que plantar árvores para sequestrar esse CO2 gerado pela construção. Então precisamos discutir, entender e seguir um caminho melhor para que possamos deixar um futuro melhor para as próximas gerações.

“A indústria automobilística sempre foi vista como um termômetro da economia. Se as vendas vão bem e a produção industrial demonstra crescimento é um sinal de aquecimento.

 

Em recente anúncio, a Toyota confirmou R$ 11 bilhões no Brasil até 2030 para expandir operações. Outra novidade vem do Grupo Stellantis, que detém as marcas Fiat, Jeep, Peugeot, Citroën e Ram. Serão R$ 30 bilhões para o lançamento de 40 novos produtos no Brasil, entre 2025 e 2030.

 

Menos prestigiado nas grandes mídias, porém com investimentos tão ou mais significativos é o setor florestal brasileiro, que a cada ano fortalece sua posição como um dos mais fortes do mundo. Como comparativo, o empreendimento do grupo chileno Arauco em Mato Grosso do Sul, prevê investimentos da ordem de R$ 28 bilhões. A primeira fase do projeto para uma fábrica de papel e celulose tem previsão para entrar em operação em 2028 e a segunda fase em 2032.

 

No Paraná, em outro movimento de mercado, a Klabin confirmou a aquisição da operação florestal da Arauco. O aporte gira em torno de R$ 5,73 bilhões.”

Clique aqui e leia na íntegra o artigo de Ricardo Malinovski, CEO da Malinovski.

 

A ArborGen, empresa líder na produção e fornecimento de mudas florestais de pinus e eucalipto, estará novamente apresentando produtos na Lignum Latin America.

“Temos produtos de alta qualidade, produtividade e genética superior, lembra o gerente de operações da empresa no Brasil, Carlos França. Segundo ele, o dinâmico mercado florestal necessita de tecnologia frente às demandas impostas pela competitividade doméstica e mundial. “A ArborGen tem no DNA a busca por soluções para que os reflorestadores tenham retorno superior em seus investimentos florestais”, complementa ele.

Na Lignum Latin America, a ArborGen apresentará o portfólio de mudas florestais de pinus e eucalipto. “Nossos materiais trazem a garantia de sucesso na busca pela árvore superior e geração de matéria-prima para produtos e subprodutos que fazem parte do dia a dia de todo mundo”, finaliza o gerente de operações.

Nascida em 2016 como Lignum Brasil, a feira da cadeia produtiva da madeira cresceu e se tornou Lignum Latin America. As quatro primeiras edições (2016, 2017, 2019 e 2022) foram realizadas no pavilhão de eventos do Parque Barigui, em Curitiba/PR.

Porém, o crescimento do evento pediu um espaço maior. A quinta edição espera receber cerca de 130 expositores e mais de 9 mil visitantes. Para isso a organização foi buscar em Pinhais, cidade vizinha a Curitiba, um local que pudesse abrigar toda a grandiosidade do setor produtivo da madeira. A feira que faz parte da Semana Internacional da Madeira será realizada nos dias 17, 18 e 19 de setembro no Expotrade, tradicional espaço de grandes shows e eventos da Região Sul do Brasil.

A estrutura conta com uma ampla área de feiras e convenções, totalmente interligadas à praça de alimentação. O Expotrade possui 34 mil metros quadrados de área construída, estacionamento com 3 mil vagas e 55 mil metros quadrados de área total. Outra vantagem é a acessibilidade. São diversos acessos viários, proximidade com o aeroporto e ampla rede hoteleira em um raio de menos de 15 quilômetros.

Em 2024, a indústria da cadeia produtiva da madeira estará reunida em Curitiba e região metropolitana. Nesta Semana Internacional da Madeira (SIM), marcada para setembro, a quinta edição da Lignum Latin America chega com grandes novidades. A feira e a SIM, focadas em transformação, beneficiamento, preservação, energia, biomassa e uso da madeira, ampliarão o foco em manejo florestal, com a Lignum Forest.

 

Outra novidade é o local. Em 2022, no pavilhão de eventos do Parque Barigui, a Lignum Latin America reuniu 120 expositores e 8.298 visitantes. Agora, em 2024, será realizada em um espaço maior, o Expotrade Convention Center, em Pinhais, cerca de 12 km da região central de Curitiba.

 

Eventos técnicos como os tradicionais Wood Trade Brazil, que aborda as tendências do mercado da madeira; e Wood Protection, Conferência Sul-Americana de Tecnologias para Proteção de Madeira, estão na programação da SIM. Fazem parte da Lignum Forest o inédito Pinus Conecta (Encontro Latino-Americano de Pinus) e o 3º Gis Forest, Workshop Internacional de Geotecnologias Florestais.

 

Outra atração confirmada é a segunda edição da Pica-Pau Fest. Um grande momento de confraternização dos apaixonados pelo setor de árvores plantadas e produção de madeira. Neste evento, os participantes têm oportunidade de se confraternizar, comer e beber acompanhados de muita música boa.

 

Foto: Malinovski

No fim de janeiro a sede da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP), Campus da Indústria, recebeu reunião do Conselho Setorial da Indústria da Madeira, promovida em parceria com Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci). O encontro, coordenado por Roni Junior Marini, reuniu industriais e os secretários de Estado do Planejamento, Guto Silva, e do Desenvolvimento Sustentável, Valdemar Bernardo Jorge. A pauta central foi as oportunidades do sistema construtivo sustentável de madeira em edificações.

 

O presidente da Abimci, Juliano Vieira de Araújo, destacou que, embora o tema esteja avançando, a construção em madeira no Brasil está atrasada e há um longo caminho a ser percorrido. “No mundo todo esse é um grande negócio e aqui temos uma questão cultural envolvida. Precisamos desenvolver e melhorar a demanda e a oferta do produto ao mercado. Os métodos para trabalhar nós temos”, enfatizou.

 

Presente no encontro, o ex-presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, também falou sobre a relevância dos projetos de construções sustentáveis em madeira no Brasil. “É importante avançarmos nos projetos dessa área porque inevitavelmente, no curto prazo, todos construirão com uso da madeira. Os países desenvolvidos já utilizam em larga escala o produto, seja por tecnologia, agilidade e conforto. Mas, principalmente, pela questão da sustentabilidade. Hoje reduzir as emissões e reaproveitar matéria-prima são necessidades urgentes”, enfatizou.

 

Foto: Davi Bortolossi

A reunião plenária da Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci), em dezembro teve a participação de mais de 100 associados em Curitiba/PR. O presidente da associação, Juliano Vieira de Araujo, lembrou da importância em reunir os associados presencialmente. “Nos reunimos de forma virtual com muita frequência em nossas reuniões dos Comitês de Produtos, mas este encontro presencial é essencial para compartilharmos pautas abrangentes e que impactam todos os segmentos de produtos representados pela Abimci, por isto a pauta do dia foi pensada com este objetivo”, disse.

 

Para Paulo Pupo, superintendente da Abimci, as principais pautas da associação têm relação com a construção com madeira, desenvolvimento do anexo da NR12, que trata de segurança no trabalho com máquinas; e as ações do Comitê Florestal. “Temos cumprido várias agendas relacionadas à construção com madeira, que tem ganhado espaço com a realização de missões técnicas e estruturação do NAPI Wood Tech (novo Arranjo de Pesquisa e Inovação em Madeira Engenheirada do Estado do Paraná), o qual a Abimci faz parte do conselho, e que tem o objetivo integrar ações e esforços para desenvolver políticas públicas, promoção e consolidação no mercado dos sistemas construtivos com madeira”, detalhou.

 

A reunião teve a participação dos coordenadores dos Comitês de Produtos que avaliaram o desempenho dos segmentos no decorrer de 2023 e citaram as perspectivas para 2024, destacando oportunidades e dificuldades.

 

Foto: Abimci/Divulgação

O anúncio do programa Nova Indústria Brasil, feito em janeiro pelo governo federal, repercutiu imediatamente entre as entidades industriais do país. Para o presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Edson Vasconcelos, a proposta é positiva. No entanto, é fundamental que as iniciativas anunciadas sejam efetivamente colocadas em prática. “Precisamos que essas e outras medidas tão necessárias para nossa competitividade não fiquem apenas no campo do discurso, mas estimulem de fato uma modernização para que a indústria seja a verdadeira indutora do desenvolvimento do país”, disse.

 

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) também se manifestou. “O lançamento da nova política industrial é a demonstração de que o governo federal reconhece a importância da indústria de transformação para colocar a economia brasileira entre as maiores do mundo”, diz um trecho do comunicado oficial da FIESP.

 

Foto: Gelson Bampi/Sistema Fiep