A produção de pellets de madeira cresceu acentuadamente no Brasil a partir de 2016. Ano passado atingiu o ápice, 700 mil toneladas (ACR 2022). O mercado externo absorve praticamente a metade deste volume, o equivalente a US$ 53 milhões em 2021. No mercado nacional o consumo é puxado pelos segmentos de agronegócio, hotelaria e pequenas unidades industriais que necessitam energia térmica.
Os principais países compradores são: Itália (55%) e o Reino Unido (44%). Esta demanda está diretamente relacionada com as decisões dos países europeus em reduzir a dependência dos combustíveis fósseis e utilizar fontes renováveis de energia.
Após um trabalho árduo do setor, com importante participação da Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci), foram publicadas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) normas técnicas para pellets de madeira. São duas: NBR 17030 – Pellets – Terminologia e método de ensaios; e NBR 17013-1 – Pellets – Requisitos e classificação – Parte 1: Madeira de Pinus.
As medidas possibilitam que os produtores passem a contar com orientações para a entrega de produtos em conformidade com a norma ao mercado consumidor, com amplo potencial no Brasil. “O segmento de pellets comemora a publicação das normas, após três anos de importante trabalho realizado pela CEE-242 (Comissão de Estudos Especial de Pellets), que contou com um bom envolvimento das empresas fabricantes do produto. Agora será possível focar esforços nas ações de estímulo ao consumo do produto em indústrias, aviários, secagem de grãos, redes hoteleiras, escolas de natação, academias, pizzarias, padarias, pelo mercado pet e na calefação doméstica”, destacou o superintendente da Abimci, Paulo Pupo.